Comer e viajar, é só começar
Muita gente me questiona: como você consegue viajar tanto? Para essa pergunta: tenho duas respostas: 1) definitivamente não viajo tanto quanto parece (e quanto gostaria); e 2) transformei isso em um dos meus objetivos de vida, e desses que a gente realmente se empenha em cumprir. A seguir, separei algumas dicas de viagem que usei para iniciar minhas andanças, e que me valem até hoje para decidir novos destinos e traçar novos roteiros. Confira!
10 Dicas de viagem para iniciantes
1) Organize-se para guardar dinheiro para viajar
Entre as dicas de viagem que sempre dou, essa é a primeira. Parece meio óbvia, mas muita gente não consegue viajar justamente por não conseguir direcionar a grana pra isso. Talvez algumas pessoas não tenham problema com isso, mas pela minha experiência – e pelo que tenho visto de outras pessoas – o melhor mesmo é você separar uma quantia específica na poupança, ou mesmo criar uma poupança justamente para a viagem.
Para os mais organizados – ou os desorganizados que querem mudar os maus hábitos – vale criar uma planilha de gastos, ou baixar algum aplicativo para esse fim. Com isso, se você ainda não consegue reservar uma grana no final do mês para sua viagem, vai passar a ver quais são seus gastos essenciais e quais são desnecessários, e vai poder realocar esse valor para a viagem. Não criar uma forma estratégica de guardar dinheiro para viajar é garantia quase certa de que você usará o dinheiro para outras coisas.
2) Escolha destinos com bom custo-benefício
A segunda dica é um pouco relativa, e vai variar muito do orçamento que você tem para seus objetivos turísticos. Mas para quem está com pouca grana, a dica que dou é escolher destinos com um bom custo-benefício. Isso não significa necessariamente passagens baratas: aliás, passagens baratas podem enganar muito, principalmente se você não tiver o cuidado de verificar o custo do(s) país(es) de destino. Há muitos casos desse tipo.
Por exemplo, passagens em promoção para a Europa e os Estados Unidos são as mais comuns, mas os preços lá nem sempre são os mais amigáveis, principalmente nessa época de alta do dólar… Já alguns países da África e da Ásia, embora tenham passagens mais caras, costumam ter preços mais camaradas para os turistas – exceto pelo Japão. Por isso, é essencial botar no papel todos os custos que você terá: passagens, hospedagens, alimentação, passeios, entradas de museus e outras atrações, compras, algum dinheiro extra para eventualidades… Você pode se surpreender com as possibilidades de destinos baratos! 
3) Olhos de águia para promoções
Se você quer pagar barato, tem que procurar. E muito. O que ao faltam são sites que indicam preços de passagem, como o Melhores Destinos, o eDestinos e o Decolar – eu pessoalmente prefiro os dois primeiros. Siga-os no Facebook, no Instagram, baixe o aplicativo: vale tudo para conseguir as melhores passagens e hospedagens. E, de novo, verifique se essas promoções valem a pena: não adianta o preço das passagens estar lá embaixo e os preços no país estarem nas alturas!
4) Escolha períodos/dias/horários mais baratos
Quer viajar na alta temporada? Sinto muito, mas nessa época realmente fica mais difícil conseguir bons preços. Então, se possível, escolha períodos do ano em que a procura é menor, como as baixas temporadas de abril e maio e de setembro e outubro. Além dos preços mais em conta, são também as estações mais amenas e, na minha opinião, mais botinas, e a possibilidade de boas surpresas é maior.
O mesmo vale para os dias da semana e horários. Às sextas e sábados, por exemplo, as passagens e hospedagens costumam ser mais cara do que nos dias de semana. Um infográfico do buscador Agarre mostra quais são os melhore dias e horários para viajar. Só não se iluda: alguns destinos muito concorridos, como Paris e Nova Iorque, serão sempre caros. 
5) Desapegue
Quer viajar no recesso da empresa no final do ano? Então desapegue no Natal e do Ano Novo e considere viajar na noite do dia 24 ou do dia 31. As passagens costumam ser mais baratas nesse período, então é uma boa dica para quem gosta de aproveitar cada espacinho na agenda para viajar – tipo eu. Além disso, passar as festas de final de ano no avião pode ser uma boa experiência de viagem, não acha? O mesmo vale para outras datas festivas e feriados. 😉
6) Compre com a antecedência certa
É claro que não dá para deixar as passagens e hospedagens para em cima da hora, já que a chance de encontrar bons preços é menor. Mas também não precisa comprar passagens hospedagens e passeios um ano antes: o ideal é saber o tempo certo para cada coisa. Para passagens nacionais, faça as compras entre 25 e 45 dias antes em baixa temporada, e 60 e 90 dias para alta temporada. Para destinos gringos, a baixa temporada exige compras de passagem e hospedagem entre 60 e 90 dias de antecedência, e, para alta temporada, de 60 a 120 dias antes do Dia D.
7) Trace objetivos turísticos
Eu sei que é difícil, mas infelizmente a verdade é essa: você não vai conseguir abraçar o mundo, ou seja, não vai dar para ver tudo o que gostaria. Demorei para aceitar isso, mas você aproveitará melhor a viagem se souber que terá que deixar algumas coisas pra uma próxima vez.
Por isso, faça um pré-roteiro do que gostaria de ver. Se você não é do tipo que curte deixar as coisas muito definidas e gosta de sair caminhando pela cidade para ver qual é, apenas defina o tipo de turismo que deseja fazer: isso ajudará você a saber mais ou menos quanto tempo terá em cada cidade, quanto gastará, e principalmente, se o destino escolhido é o ideal para o que você quer fazer.
8) Reavalie seus gastos de viagem
Como você viaja? Gosta de ficar em resorts e hotéis caros? Gasta os tubos em compras? As refeições são feitas sempre em restaurante? Só usa táxi como meio de transporte? Bom, assim não há orçamento que resista. Se quer viajar barato, considere mudar certos hábitos de viagem:
a) procure se hospedar em hostels e albergues – acredite, há opções super legais mesmo para quem é mais enjoadinho (acredite, eu sou meio chatinha pra isso).
b) reavalie a necessidade de compras: eu quase não compro nada nas minhas viagens, e acho que minhas experiências são muito boas, obrigada.
c) faça suas refeições na rua ou cozinhe: food trucks não estão na moda no Brasil? Então abrace a causa lá fora também, e coma em barraquinhas. É uma forma de conhecer uma gastronomia realmente típica do local. O mesmo vale para ir às compras no supermercado e comprar produtos típicos do pais: além de fugir dos fast food desconectados da culinária local, é uma forma de economizar e conhecer produtos diferentes. Super recomendo!
d) caminhe mais e ande mais de transporte público e bicicleta: é uma forma de conhecer melhor as cidades ou mesmo de ir de uma cidade a outra gastando pouco. Eu caminho muito nas minhas viagens, e além de poder conferir melhor as ruas e o movimento da cidade, faz eu gastar as calorias extras que eu costumo ingerir. Quanto ao transporte público, é legal para conhecer as condições de cada cidade. Só não posso dar meu testemunho sobre usar a bike porque infelizmente ainda não aprendi a andar.
9) Defina um orçamento – mais ou menos – fixo
Você não precisa contar os centavos, mas a experiência diz que é bom ter um valor mais ou menos definido de quanto vai gastar. Caso contrário, os 100 reais a mais viram 200, 300, 400…
10) Leve como uma pluma
Eu sei que muita gente gosta de sair bonito nas fotos e quer levar seus modelitos bacaninhas, mas não exagere: uma mala grande é exatamente isso: uma mala grande. E isso significa muita dor de cabeça e um peso que, acredite, você não quer carregar. Viaje mais leve, e aproveite para trazer algumas – não muitas – peças diferentes e bacanas de suas viagens. É um souvenir bacana e foge das cafonices e inutilidades que costumamos trazer como lembrança.
Dica extra: tire muitas fotos – mas não deixe de aproveitar o momento
Deixe a preguiça de lado e tire a câmera do bolso sem medo: clique, clique, clique e seja feliz. Se tem uma coisa de que me arrependo é isso: não tirar fotos legais; afinal de conta, para mim são os melhores souvenires de viagem. Só não fique detrás da lente ou display da câmera o tempo todo: dê um descanso para ela de vez em quando e aproveite o momento. 😉
É claro que viajar envolve muito mais do que apenas algumas dicas de viagem, e essas são apenas algumas das que tenho. Com o tempo, espero conseguir compartilhar muitas outras experiências com vocês por aqui. Se você tem alguma dica, depoimento, pergunta, sugestão ou crítica, escreva pra gente!
