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O que fazer em Florianópolis: um guia além das praias

O que você sabe sobre Florianópolis? Provavelmente, quando você ouve falar em Floripa, o que vem à mente são as praias, as baladas, a ponte Hercílio Luz, o Guga… Mas a Ilha da Magia é muito mais do que isso. E eu posso dizer com propriedade, já que moro aqui há mais de 20 anos. Então, separei algumas dicas para quem, como eu, não quer saber só de sol e mar. Conheça o que fazer em Florianópolis além de visitar as praias!

O que fazer em Florianópolis: um guia além das praias

1. Centro Histórico

Esse não é exatamente um ponto turístico não convencional, mas tem muita gente que vem à Floripa e sequer dá uma passadinha no Centro Histórico, que tem muitas coisas legais pra ver – e pra comer, caso você não seja um grande fã de história.

A sugestão – se você quer aprender um pouco sobre o passado da Ilha da Magia – é começar pela nada desconhecida Praça XV. O ponto onde hoje fica a praça é nada menos do que o local de fundação da cidade (em 1662, pelo bandeirante Francisco Dias Velho). E onde, alguns séculos depois, muita gente ainda se reúne nos dias de semana e nos sábados pela manhã, seja pra descansar do trabalho ou dos estudos, comprar alguma bugiganga dos comerciantes que se instalam no local (destaque para os CDs dos peruanos que tocam flautinha), comer alguma coisa nos food truck que ficam em volta da praça nos sábados ou ainda para jogar dominó (o lugar é ponto de encontro dos velhinhos jogadores da cidade).

Um checklist pra você não se esquecer de nada:

a) Monumento em Honra aos Heróis Mortos na Guerra do Paraguai;
b) bustos que homenageiam catarinenses famosos: o poeta Cruz e Sousa, o pintor Victor Meirelles, o historiador José Boiteux e o fundador da imprensa no estado Jerônimo Coelho;
c) a Figueira Centenária. Um dos símbolos da cidade, é muito bonita, especialmente à noite, quando é iluminada,
d) a Catedral Metropolitana, que recentemente passou por melhorias;
e) o Museu Victor Meirelles (de vez em quando há exposições interessantes);
f) o Museu Cruz e Sousa. Não espere grande coisa desse último a não ser a própria edificação em si. Ex palácio do governo, o prédio é um dos mais icônicos e conhecidos da cidade.

Dali, perca-se pelas ruas icônicas, como a Felipe Schmidt (a maior via do calçadão), a Conselheiro Mafra, a Trajano e tantas outras que são marcadas, principalmente, pelo comércio popular. Dali, vá para o Largo da Alfândega, onde também há feirinhas constantes (principalmente de comidinhas, de biscoitinhos a frutas).

Mas, se você não quiser saber de história, não pode deixar de passar em um dos pontos mais marcantes da cultura florianopolitana: o Mercado Público, onde há diversos bares e restaurantes em que se pode provar petiscos típicos da ilha (com preços para turistas, é claro), além de peixarias tradicionais e uma clássica ala destinada, sobretudo, à venda de calçados.

Ali pertinho, você encontra o Camelódromo Municipal. Um prédio recheado de ‘boxes’, onde você encontra de tudo, de eletrônicos a chocolates, a preços populares.

2. Lagoa da Conceição

Outro ponto relativamente popular, mas que ainda assim passa despercebido por algumas pessoas, é a Lagoa da Conceição. Além da beleza da paisagem (sobre a qualidade da água, é melhor tomar cuidado), há também muitas atrações para todos os gostos: no chamado Centrinho da Lagoa, o forte são os cafés estilosos, gastronomia natural/orgânica/vegetariana/vegana, um food park e lojinhas e feirinhas hippies.

Já na avenida das Rendeiras (que margeia a Lagoa e está sempre meio encoberta pela areia dunas que margeiam a via), há todos os tipos de balada, restaurantes (a maioria de frutos do mar) e bares – quase – pé na areia…

Recomendo pelo menos uma tarde e uma noite, para que você possa aproveitar tudo o que o bairro oferece e perceber a vida acontecendo na cidade em diferentes momentos. É um dos meus locais preferidos da cidade para passear – exceto no verão, quando fica excessivamente lotado. Ali, recomendo particularmente o restaurante Deca (logo depois de descer o Morro da Lagoa, vire à direita e ande alguns quilômetros), as pizzarias Artesano e Basílico (as melhores da cidade!), o Feng Shui Sushi Bistrot (japonês ma-ra-vi-lho-so) e os pubs/baladas Black Swan e John Bull.

3. Costa da Lagoa

Se você foi cedo para passar o dia na Lagoa, aproveite e pegue o barquinho ao lado da ponte (pergunte, não tem erro pra achar) e dê um pulo na Costa da Lagoa. Não é exatamente um pulo, já que leva quase uma hora para chegar, mas vale a pena. Basicamente, é uma colônia de pescadores que oferece, além de uma paisagem e uma vista fascinantes, muitos restaurantes simples e gostosos de frutos do mar – e com preços muito mais sensatos do que na Lagoa -, além de uma das mais conhecidas cachoeiras da ilha.

4. Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha

Se você quer conhecer bem a cultura/arquitetura/gastronomia açorianas, de jeito nenhum pode pular esses bairros de Floripa. O primeiro fica no norte da ilha; o segundo, no sul. Eles são antigas colônias de pescadores e ainda hoje alguns dos que mais preservam o patrimônio histórico da região.

Enquanto procura um lugar para estacionar (boa sorte!) em um dos dois bairros, repare nas casinhas açorianas fofuxas. Quando finalmente conseguir parar, é hora de escolher um restaurante: com certeza você vai encontrar dificuldade, mas agora é pelo excesso de opções.

Ambos os bairros são fortes em frutos do mar, mas há também restaurantes de massas, portugueses, cafeterias e docerias pra ninguém botar defeito. Quer uma dica de ouro? Se estiver em Santo Antônio, dirija um pouco mais e chegue em Sambaqui, onde há uma oferta igualmente boa de restaurantes e com preços um pouco mais em conta. Mas não vá esperando pechinchas, afinal, estamos falando de Florianópolis. Há diversas opções, que vão do restaurante simples que serve peixinho frito ao bistrô rebuscado.

Minhas recomendações: Santo Antônio Spaghetteria, os restaurantes Coisas de Maria João e Bettina Bub (reserve este último, pois é pequeno), o May, tailandês deliciosérrimo, e o Spice Garden, indiano simpático e delicioso, que não fica bem em Santo Antônio, mas poucos metros antes do acesso ao bairro.

5. Fortalezas

Pouca gente sabe, mas Florianópolis possui muitas fortalezas, resquícios do seu passado de ponto estratégico do reino português (e por um breve período, espanhol também).

Algumas ficam na região central, como o Forte de Santana do Estreito (embaixo da ponte Hercílio Luz, e hoje Museu das Armas) e o Forte Santa Bárbara da Vila (perto do antigo terminal urbano da cidade) e estão abertas a visitação. Outras são ruínas, como Araçatuba, Naufragados e São Caetano.

Mas, com certeza, as que chamam mais a atenção são as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, tanto por seu tamanho quanto por sua posição estratégica. Geralmente, chega-se a elas através de passeios de barco, que saem do trapiche da ponte Hercílio Luz, de Sambaqui ou de Canasvieiras. Costumam ser passeios que duram o dia inteiro, mas garanto que vale a pena. Além de visitar os três pontos, ainda rola uma parada para almoço em um restaurante pé-na-areia.

6. Projeto Tamar

Pra quem curte animais, principalmente os marinhos, um passeio obrigatório é o Projeto Tamar, que fica na Barra da Lagoa. Antes que você ache que é um desses aquários de mau gosto, saiba que o objetivo do Projeto Tamar é concientizar e educar para a preservação das espécies marinhas e ajudar na recuperação destas.

O projeto possui um local grande e muito bonito e é um passeio bem legal para se fazer com crianças. Possui tanques de observação dos bichinhos, sala de vídeo e exposição permanente, que falam principalmente sobre as tartarugas, os animais mais prejudicados pela pesca.

7. Museu Arqueológico ao Ar Livre no Costão do Santinho

Mesmo se você não gosta de museu, esse é um passeio que você corre o risco de amar. Porque esse não é um museu comum: é um passeio maravilhoso, com um cenário paradisíaco (a praia do Santinho é uma das mais bonitas da ilha) e inscrições rupestres dignas de “Alienígenas do Passado”. 😛

Além das inscrições, há também dois sítios arqueológicos que ficam perto da praia (um a 200 metros, outro a 800 metros). O acesso não é muito fácil, mas é super interessante. Vale a pena para apreciar a paisagem e conhecer um pouco mais da pré-história de Florianópolis.

8. CIC/MASC

Se você curte pontos turísticos ligados à arte, não pode deixar de fora o CIC/MASC – até porque em Floripa não há muitos museus de arte. :(

Apesar de ser pouco conhecido mesmo pelos manezinhos da ilha, o MASC é o maior museu de arte de Florianópolis. Andou por muito tempo meio abandonado, mas nos últimos tem voltado à vida: ano passado recebeu parte da obra de ninguém menos do que o artista plástico Joan Miró, e em agosto se prepara para uma exposição em homenagem ao arquiteto Antoni Gaudí (todas chora de emoção).

Mas, além do MASC, o CIC também abriga o Teatro Ademir Rosa (esse sim recebe muita coisa legal), a Fundação Catarinense de Cultura e outras salas de exposições e de cursos ligados à arte. Um ótimo lugar para ver filmes legais e fugir dos blockbusters que tomam as salas de cinema dos shoppings. É um lugar pelo qual guardo muito carinho. <3

9. O Mundo Ovo de Eli Heil

Taí um dos lugares mais loucos – e sensacionais – da ilha. É o museu da artista plástica Eli Heil, que abriga um acervo permanente de sua obra. As esculturas, pinturas, desenhos e cerâmicas ocupam tanto a parte interna quanto externa da casa e colorem o ambiente de uma forma maravilhosa.

O ovo, símbolo da vida, é recorrente na obra da artista, que possui infuências expressionistas alemães e surrealistas, embora não seja classificada propriamente nem como um, nem como outro. Enfim, imperdível.

10. A vida gastronômica para além da ilha

Muita gente acha que Floripa é uma ilha, mas esquece que também há uma porção da cidade que é continental.E é lá que ficam muitos restaurantes e bares legais, principalmente no bairro Coqueiros.

O lugar é tão bem servido em comida e bebida que possui oficialmente uma das principais vias gastronômicas da cidade. Os meus preferidos: Coza Linda (com uma boa carta de chopes produzidos na região), Zé Mané (especializado em caipirinhas) e Brewmille (para tomar aquela cerveja especial e beliscar algo mais elaborado).

Como restaurantes, sugiro: Cantina Di Taroni (as melhores massas da cidade), Jun Temakeria e Sushic (japoneses), Gourmet Burger Market e Carne e Malte (hamburguerias maravilhosas, e com opções vegetarianas <3), além da Oro Giallo (polentaria dos deuses, também com opções vegetarianas/veganas). Para mim, o melhor bairro gastronômico da cidade.

Dica extra: Floripa também tem sua oferta de restaurantes “exóticos”. Um dos melhores, sem dúvida, é o Hawaiian Poke, que serve comida… havaiana! Os pratos lembram um misto de comida asiática e peruana. Com certeza é pra não se arrepender!

E você, conhece Floripa? Que lugares sugeriria? Conte pra gente!







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